quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cherne - Polyprion americanus




Sigamos o cherne, minha amiga!
Desçamos ao fundo do desejo
Atrás de muito mais que a fantasia
E aceitemos, até, do cherne um beijo,
Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o cherne,
Quase sempre mentido e olvidado.
Em água silenciosa de passado 
Circula o cherne: traído
Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,
Já morto, boiar ao lume de água,
Nos olhos rasos de água,
Quando, mentido o cherne a vida inteira,
Não somos mais que solidão e mágoa...

Alexandre O’Neill



Já há muito tempo que não escrevia nada, e não há melhor forma de recomeçar a escrever do que escrever sobre peixe! E bom peixe. O Cherne é um peixe muito bom para Sashimi e como tal para Sushi. Tem uma textura firme e um sabor a mar como só os melhores peixes conseguem ter. Não é um peixe barato e por isso mesmo, quer os pescadores quer os vendedores, têm um cuidado acrescido quando o manuseiam (e nós agradecemos).
Quem nunca provou, tem de provar! Faz esquecer os habituais Atum e Salmão e traz uma frescura muito agradável a qualquer refeição. 

Os Chernes adultos são peixes solitários. Vivem em grutas, buracos, destroços de navios, por aí fora... Daí advém o nome em inglês Wreck (destroço). Podem atingir mais de 2 metros de comprimento e perto de 300 kg.
A sua área de distribuição pelo globo terrestre é muito ampla: Atlântico Este, desde a Noruega até África do Sul; Atlântico Oeste, Newfoundland, Canada e Golfo do Maine até à Carolina do Norte e desde o Uruguai até à Argentina; Indico Oeste, Ilhas St. Paul e Amsterdam; Sudoeste do Pacífico e Nova Zelândia. (fonte Oceanário de Lisboa)